Nesta matéria vamos tratar dos sistemas de classificação de óleos lubrificantes automotivos da ACEA (Associação Europeia dos Fabricantes de Automóveis).
- Sistema ACEA de classificação de óleos para motores
As sequências de óleo da ACEA definem o nível mínimo de qualidade e desempenho para os óleos de motor a gasolina, diesel leve e pesado. Desde a sua introdução em 1996, as sequências de óleo são atualizadas periodicamente, à medida que houver novas demandas de desempenho. Nas Sequências de óleo da ACEA, existem três categorias:
- Sequências ACEA A / B
Definem os requisitos para os óleos para uso em motor de automóveis de passageiros a gasolina e motores a diesel leves.
- Sequências ACEA C
Definem os requisitos para óleos de motor "compatíveis com catalisadores" para uso em motores de automóveis de passageiros gasolina e diesel leves com sistemas de pós-tratamento.
- Sequências ACEA E
Elas definem os requisitos para óleos de motor para uso em motores a diesel para serviços pesados.
Cada nova edição das Sequências de Óleo das categorias ACEA pode incluir uma nova sequência, um aumento na severidade de uma sequência já existente ou uma alteração nos testes sem alteração no nível de exigência. Dependendo do tipo de alteração, a nomenclatura usada pela ACEA pode mudar com a adição de um sufixo ao nome da categoria. Por exemplo, na atualização ocorrida em 2008, todas as sequências de óleo passaram por uma mudança que resultou em um aumento de performance devido a maior requisito de severidade. Para indicar esta mudança, foi necessário a adição do sufixo -08. Ou seja, a sequência ACEA A3/B3 que existia, passou a ser identificada como A3/B3-08, indicando que houve uma alteração na severidade desta sequência ACEA neste ano.
A Associação Europeia dos Fabricantes de Automóveis (ACEA) lançou a versão mais recente das Sequências no dia 1º de dezembro de 2016. Esta edição exige maior robustez dos óleos de motor automotivo e concentra-se fortemente na compatibilidade com biodiesel. Algumas sequências foram retiradas (A1 / B1) e outras adicionadas (C5). Vários novos testes foram introduzidos e alguns foram removidos.
A edição ACEA 2016 representa uma atualização adicional para atender aos requisitos de óleo de motor para enchimento inicial e que alguns óleos formulados para atendar aos requisitos das Sequências em 1996, não conseguiriam performar satisfatoriamente quando expostos a esses novos desafios.
Tanto o sistema de classificação API quanto o ACEA, são sistemas dinâmicos que permitem acrescentar novas categorias de desempenho à medida que mudam projetos dos motores e surgem novos requisitos para os óleos automotivos.
- Classificação de fabricantes automotivos
Preocupados em garantir o nível de desempenho dos óleos automotivos e, consequentemente, do nível de proteção e durabilidade de seus veículos e respectivos componentes, os fabricantes de automóveis e equipamentos, desenvolveram classificações que identificam se o óleo lubrificante atende as suas exigências. A seleção de um óleo lubrificante que satisfaça da melhor maneira os requisitos específicos de um motor ou transmissão e as suas condições de operação, pode determinar uma condição de um desempenho livre de problemas e uma custosa falha grave.
Estes são alguns exemplos de requerimentos de fabricantes:
- Volkswagen: 508 88 e VW 509 99
- GM: Dexos 1 e Dexos 2
- Fiat 9.55535-CR1
- Ford: WSS-M2C-913B
- Volvo: VDS-2 e VDS-3
- MB: 228.3 e MB 228.5
- Chrysler: MS-6395
- BMW: Longlife-04 Oil
- Jaguar Land Rover ST-JLR 03.5004
- GM: dexos2® Licença nº. GB2C1204089
- Porsche: A40
- Renault: RN 0700/0710
Bem, amigos, creio que cobrimos as principais classificações de óleos automotivos e podemos nos dar por satisfeito e encerrar este tema por aqui esta primeira parte que aborda os principais sistemas de classificação de óleos lubrificantes automotivos. O próximo Correio Técnico falará sobre os sistemas de classificação de óleos lubrificantes industriais.
Qualquer comentário ou dúvidas, fiquem à vontade para utilizar o campo abaixo. Até o próximo Correio Técnico.